Prática de exercícios focados na capacidade aeróbica beneficia idosos a manter a saúde em dia
Exercícios físicos são indicados para a manutenção plena da saúde em todas as faixas etárias, mas na terceira idade é de fundamental importância que esta prática seja regular com o intuito de “não enferrujar” os músculos do corpo – melhorando assim a flexibilidade e mobilidade, a manutenção do peso, o condicionamento cardíaco, respiratório e a coordenação motora.
Com o passar do tempo, o envelhecimento, que é um fenômeno natural, causa desgaste e perda da força, diminuindo assim o domínio dos movimentos corporais. Essa diminuição constante impede que movimentos anteriormente cotidianos sejam executados com a mesma facilidade de quando se era mais jovem. E é nesse cenário que os exercícios surgem como uma “mola propulsora” a despertar diversos benefícios aos idosos.
De acordo com o geriatra Paulo Luiz Honaiser, as atividades físicas visam desenvolver os movimentos básicos do dia a dia devolvendo habilidades diminuídas com a idade mais avançada. “Os exercícios desempenham o importante papel de manter a saúde muscular, portanto alongamentos, caminhadas e pilates são indicados na terceira idade por proporcionarem melhoria da capacidade aeróbica”, diz Honaiser.
O médico ressalta que também são benéficos aparelhos que trabalhem de forma resistente como os desenvolvidos para as Academias da Terceira Idade (ATI’s) que mexem com a contratura muscular sem a utilização de grande força, e sim, resistência, com séries de menor peso e maior repetição. Podendo se possível, e de acordo com a possibilidade de cada um, ser seguida de outras atividades como a musculação – que aumenta a massa muscular com maior peso e menor repetição.
Para os idosos, as atividades físicas visam o fortalecimento geral do corpo que devido a perda de massa muscular consequentemente fica mais fraco. A prevenção por meio de treinos de fortalecimento é essencial para a restituição contínua e progressiva dos movimentos perdidos.
O educador físico Eduardo Sosnowski alerta que anterior ao início das atividades é necessário que os idosos passem por uma avaliação médica e que levem ao profissional responsável pelo acompanhamento – todas as observações do que pode ou não ser feito conforme a necessidade de cada paciente, evitando assim o desgaste de vértebras já comprometidas. Além disso, explica que braços e mãos merecem atenção especial.
“É preciso que os idosos iniciem as atividades físicas após prescrição médica para que possam melhorar a capacidade física respeitando as próprias limitações. Exercícios simples como o movimento de sentar e levantar, carregar ou empurrar algo – garantem a resistência necessária para trabalhar diversos músculos do corpo. Já treinos com pequenas cargas e impacto resistido para braços e mãos, são importantes para fortalecer as musculaturas que servem de apoio às pessoas de mais idade, pois utilizam com frequência este reforço para descer escadas ou segurar corrimãos, por exemplo”, complementa Sosnowski.
Conforme a indicação de Honaiser, os exercícios devem ser desenvolvidos em superfícies planas e longe de armadilhas arquitetônicas como desníveis no solo ou escadas, a fim de serem evitadas quedas. Além de outros cuidados com a temperatura e perda de água durante a atividade física.
“Os idosos devem se exercitar longe do sol para evitar quedas da pressão arterial e desequilíbrio eletrolítico (perda de sódio) devido ao suor excessivo. No tempo mais frio – é preciso agasalhar-se adequadamente para manutenção da temperatura corporal. Mais importante ainda é fugir das armadilhas da arquitetura que podem vir a provocar quedas e fraturas, pois na terceira idade o tempo de recuperação após um braço ou perna quebrados é sete vezes maior do que na juventude”, conclui o médico.
Exercícios funcionais que levam em consideração o vigor do próprio corpo são perfeitos para manter a saúde, a força e a resistência necessárias para a realização de atividades que os idosos sempre desempenharam durante a juventude e vida adulta. Assim, são fortalecidos o condicionamento físico, diminuindo o risco de lesões musculares e doenças do coração, além de aumentadas a coordenação motora e o equilíbrio.
