Espondilite Anquilosante: a importância do diagnóstico assertivo

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Confundida até mesmo com dor nas costas, a AE tem em média dez anos de atraso no diagnóstico

 

A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença reumatológica crônica que afeta aproximadamente 1% da população mundial e atinge em sua maioria homens entre 15 e 45 anos. Alguns de seus sintomas mais evidentes são inflamações, dores persistentes na coluna vertebral e grandes articulações, entre elas, quadris e ombros por mais de três meses, com piora significativa da algia principalmente à noite e em repouso, rigidez e comprometimento da mobilidade.

Os sintomas relatados, por serem facilmente confundidos com outros males de menor gravidade, podem levar a um diagnóstico tardio de aproximadamente 10 anos, portanto os indícios destas dores vem ser avaliados por um médico. Ao ser diagnosticado com EA por um reumatologista, o tratamento é feito associado à fisioterapia, uso de antiinflamatórios e fármacos para alívio da dor, com indicação de atividade física regular, além de hábitos saudáveis. Esses passos melhoram – e muito, a qualidade de vida dos pacientes, diminuindo assim, o avanço deste mal.

A incidência da Espondilite Anquilosante mais severa é três vezes maior em homens do que em mulheres, e um fator genético pode explicar este fato. Os portadores de EA podem levar uma vida de qualidade em todos os sentidos, mas a importância do diagnóstico precoce é fundamental para que a doença não desencadeie males como lesões oculares, alterações gastrointestinais e até mesmo mortalidade cardiovascular prematura.

De acordo com o professor Dr. adjunto da Universidade Federal do Paraná (UFPR), membro da Assessment of SpondyloArthritis International Society (ASAS) e diretor científico da Sociedade Paranaense de Reumatologia, Valderílio Feijó Azevedo, o tratamento feito de forma assertiva eleva a qualidade de vida dos portadores. “Quanto mais cedo for feito o diagnóstico por um médico reumatologista, menores serão os desconfortos recorrentes da doença durante o tratamento – acelerando desta forma, o retorno das atividades anteriormente prejudicadas pelas dores e demais características que marcam os portadores de EA. O tratamento com o uso de medicações associado à fisioterapia, exercícios físicos e hábitos mais saudáveis, entrega ao paciente uma melhor qualidade de vida e reestabelece a saúde emocional”, conclui Azevedo.

É importante salientar que o sofrimento emocional e físico vindo do desgaste da saúde tratado de forma incorreta em um diagnóstico errôneo, acaba por acarretar no desenvolvimento de outros males da saúde. Ao menor dos sintomas de EA, a indicação é de procura por um médico reumatologista que poderá avaliar o caso e prescrever o tratamento adequado para controle da doença.

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