Sjögren: SPR alerta para doença rara e de difícil diagnóstico

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A síndrome de sjögren é uma doença rara, de difícil dignóstico. Sintomas se confundem com lúpus, artrite reumatóide, síndrome da fadiga crônica, fibromialgia, esclerose múltipla e doença de alzheimer.

A Sociedade Paranaense de Reumatologia (SPR) faz um alerta para uma doença rara e de difícil diagnóstico, que pode estar sendo confundida com outros problemas e não sendo corretamente tratada: a síndrome de sjögren (pronuncia-se xêgren). Nos Estados Unidos a estimativa é de que 4 milhões de pessoas, a maioria mulheres (90% com sjögren) tenham essa doença. No Brasil, não se sabe o número exato de portadores da síndrome porque o diagnóstico é difícil, uma vez que os sintomas podem parecer com o lúpus, a artrite reumatoide, a síndrome da fadiga crônica, a fibromialgia, a esclerose múltipla e a doença de alzheimer.

Com uma variedade de sintomas, o paciente acaba fazendo uma via crucis por diversos especialistas, em dentista, oftalmologista e ao reumatologista, até chegar à doença. “Detectar a síndrome nem sempre é fácil, devido ao grande e amplo aspectro da doença e à pouca valorização dos sinais e sintomas iniciais. Desta forma é frequente a demora de em média 10 anos entre o início dos sintomas e seu diagnóstico. Entretanto, reconhecer a síndrome precocemente e a realização de seu acompanhamento e tratamento – são de grande importância para o desfecho clínico dessa população”, explica a reumatologista Aiessa Zanchett Fedrigo, da SPR.

Ela lembra que apesar da maioria das mulheres diagnosticadas estarem na menopausa ou ainda com mais idade, a sjögren pode atingir crianças e adolescentes e até causar complicações em mulheres grávidas se não for corretamente tratada. “A síndrome de sjögren é uma doença inflamatória autoimune que acomete glândulas exócrinas, principalmente salivares e lacrimais, levando a disfunção glandular e sintomas como secura oral e ocular. Outras glândulas como as da pele, vias aéreas e trato genitourinário, podem estar acometidas”, diz Dra. Aiessa.

O diagnóstico é feito a partir da observação dos exames de auto-anticorpos, biópsia glandular e alguns testes que avaliam disfunção das principais glândulas acometidas. “Além das manifestações glandulares, cerca de 50% dos casos apresentam envolvimento de outros órgãos e sistemas como cérebro, pulmões, rins e sistema musculoesquelético, caracterizando a doença como uma moléstia sistêmica. Pacientes com sintomas mais graves, acometendo órgão-alvo estão associados a maior morbidade e mortalidade, podendo existir associação com linfoma”, completa Fedrigo.