Treinamento funcional para portadores de reumatismo

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Prática de exercício focado na necessidade de cada praticante beneficia pacientes em tratamento de doenças reumatológicas

Treinamento funcional é todo exercício focado na necessidade do praticante. Pensada para alcançar um resultado preestabelecido, esta prática é uma boa escolha enquanto coadjuvante de um tratamento em casos de doenças reumatológicas.

Diferentes sequências de exercícios são elaboradas em cima de bases instáveis como pranchas e bolas, por exemplo. Usa-se o peso do próprio corpo para mover as articulações de forma global como auxílio na restituição da coordenação motora, além de serem trabalhadas a flexibilidade e o equilíbrio.

De acordo com o educador físico, Eduardo Sosnowski o alongamento é a base deste tipo de treinamento. “No treinamento funcional, principalmente de alunos que apresentem uma mobilidade restrita, o exercício visa à melhora significativa dos movimentos da articulação em questão. Este treino pode ser feito com o auxílio de bolas, fitas extensoras, com o uso de peso ou não, e, de acordo com as adaptações que cada um exija”, explica Sosnowski.

As atividades, por serem dinâmicas, progressivas e não repetitivas, fortalecem a musculatura, devolvendo ao paciente em tratamento reumático a restituição da amplitude muscular e articular -independente de idade, sexo, peso ou doença apresentada. Os treinos de aproximadamente 50 minutos são criados pelo educador físico de modo a exercer com melhor precisão os pontos a serem mexidos durante a intervenção.

É preciso destacar que as atividades físicas em portadores de mal articular só devem ser praticadas sob a supervisão de um profissional habilitado, após avaliação e indicação médica. Assim, a reabilitação combinada de tratamento medicamentoso com atividade física potencializa o efeito de melhora dos sintomas, diminuindo dores e possíveis desconfortos por parte do portador.

Para a reumatologista Denize Sugioka, o que deve ser levado em consideração no tratamento combinado é a melhora na qualidade de vida do paciente. “É bem conhecido o fato de que a imobilização causa efeito degenerativo sobre as articulações (rigidez, dor, fraqueza). Por isso a atividade física é parte importante no tratamento das doenças reumatológicas. Associado com o tratamento medicamentoso convencional – pode auxiliar na melhora da qualidade de vida. Estudos em diferentes doenças indicam benefícios significativos como a redução da limitação funcional articular e da dor, ganho de massa óssea com redução do risco de fraturas, melhora da fadiga, entre outros”, diz Denize.

A médica reitera, ainda, que ao escolher uma atividade física, sejam respeitadas as limitações individuais de cada paciente, mas que a associação de exercícios aeróbicos + exercícios de fortalecimento muscular, com intensidade moderada e duração progressiva são a melhor indicação, levando em conta o respeito pelo limiar doloroso e as restrições do paciente.

“Levando-se em consideração as diferentes doenças e limitações produzidas, mais frequentemente são indicadas atividades como caminhadas, pilates e hidroginástica. Outros pacientes se beneficiam da prática de musculação, dança, bicicleta e treinamento funcional. É muito melhor que o paciente realize alguma atividade física para reestabelecimento de suas funções articulares do que não adote a prática de tratamento médico combinado com atividades físicas”, conclui a reumatologista.