IX Simpósio de Reumato-Oftalmologia do Paraná (SIROP – 2021)

O IX Simpósio de Reumato-Oftalmologia do Paraná (SIROP – 2021) será realizado em 19 de Agosto, em formato online.

Em sua nona edição o Simpósio de Reumato-Oftalmologia do Paraná acontecerá no dia 19 de Agosto em formato virtual pela plataforma Zoom. Este evento, um dos poucos da subespecialidade no Brasil, tem, por finalidade, estimular a interação entre especialistas na área de doenças sistêmicas que cursam com oftalmopatias.

Reumatologistas e oftalmologistas são os principais interessados, porém clínicos gerais e especialistas em clínica médica costumam aproveitar muito o conteúdo da grade programática. Atualmente, a medicina segmentou-se. As especialidades médicas escondem algo que não podemos omitir, a superespecialização do estudo segmentado do ser humano. No entanto, devemos entender que somos um só corpo e que este corpo está interligado sistematicamente através dos diversos órgãos que estudamos isoladamente. Esta ligação, que muitas vezes falta, é que se pretende com este evento.

Quando se pergunta a alguém leigo o que tem a ver uma lesão de pele com a perda visual, ou que a diarreia daquele indivíduo está ligada com o olho vermelho, há um constrangimento das pessoas quando entendem que está tudo interligado. São várias patologias oculares que estão ligadas às doenças reumáticas. Esclerites, uveítes, blefarites, olho seco, conjuntivites, vasculites, enfim, uma gama de alterações oculares que desvendam o diagnóstico sistêmico. Por outro lado, um paciente com lesão ativa no olho pode significar que a patologia reumatológica pode não estar controlada e representa um “aviso” ao médico de que algo não está bem.

Diversas doenças como artrite reumatoide, espondiloartrite, doença de Behçet, entre outras, podem desenvolver lesões oculares que, não raramente, prejudicam a visão. O reumatologista hoje pode suspeitar da patologia ocular e relacioná-la à doença de base, propiciando o tratamento adequado, principalmente com imunossupressores. O oftalmologista reconhece a doença ocular, acompanha o tratamento sistêmico instituído e ainda pode auxiliar o reumatologista no diagnóstico da doença sistêmica.

Enfim, a interatividade demonstra-se como necessidade, não mais uma mera possibilidade, visto que, desta maneira, o diagnóstico e o tratamento do paciente evoluem para um denominador comum. Isso antecipa o diagnóstico e reflete na terapêutica mais apropriada.

 

Dr.Marcelo Gehlen
Drª Thelma Skare
Serviço de Reumato-oftalmologia do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie de Curitiba.