29 de junho: Dia da Conscientização sobre esclerodermia

Esclerodermina é uma doença rara, autoimune multisistêmica, de difícil diagnóstico e muitas vezes silenciosa.

A doença ainda não tem cura, é de difícil diagnóstico – e muitas vezes silenciosa. A Esclerodermia é doença autoimune multisistêmica (ataca diversos órgãos ao mesmo tempo) que ao evoluir provoca inflamações crônicas, acometimento da pele, órgãos internos, enrijecimento das articulações e atinge 4 vezes mais mulheres na fase adulta do que os homens – embora possa se manifestar em crianças.

Caracterizada pela produção excessiva de colágeno nos tecidos do corpo, nesta doença como qualquer outra listada como autoimune – o próprio organismo ataca a si mesmo. São diversos os tipos e sintomas, o que dificulta a identificação em uma fase inicial do problema. Além de exames laboratoriais, a avaliação clínica especializada é de extrema importância para um diagnóstico assertivo e tratamento de início imediato.

Sintomas e manifestações – São vários os tipos da doença: esclerodermia limitada ou síndrome CREST é a manifestação menos grave e atinge a pele, face, mãos e pés. Na esclerodermia sistêmica difusa, há comprometimento da pele, mãos e rosto, além de perda óssea, enfraquecimento muscular, dores articulares, deformidades, problemas pulmonares e encurtamento dos dedos.

Do tratamento – De acordo com a médica reumatologista do Ambulatório de Esclerose Sistêmica do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e membro da Sociedade Paranaense de Reumatologia, Carolina Müller, por tratar-se de uma doença ainda sem cura – todos os sintomas são levados em consideração na hora da escolha do tratamento.

“Ao chegar ao consultório médico, são utilizados critérios de classificação voltados aos sintomas para a identificação assertiva da doença. Como ela se manifesta em diversos graus – passando de leve (com o comprometimento da pele) à grave (com o acometimento sistêmico do organismo), é imprescindível que o profissional foque nas características apresentadas e no histórico do paciente para escolher o melhor tipo de tratamento”, diz Carolina.

A Esclerodermia é um mal raro e pouco conhecido (os casos ocorrem em cerca de 1:100 milhões de habitantes/mundo). Além do uso de antiinflamatórios, fármacos para dor, drogas utilizadas em reumatologia, cremes hidratantes e massagens – a fisioterapia também é utilizada no tratamento da doença.