Exposição tem quase 700 trabalhos científicos

Um dos destaques do Congresso SBR 2017 é a exposição de trabalhos científicos, com quase 700 trabalhos inscritos. Todas as regiões do Paraná estão representadas.

expo científica 600

A exposição de trabalhos científicos do Congresso SBR 2017 chama a atenção pelo tamanho e qualidade da sua produção. O Paraná se destaca com muitos trabalhos inscritos, elaborados por reumatologistas de todas as regiões do estado. A Universidade Estadual de Maringá, representada pelo Serviço de Reumatologia do Hospital Universitário de Maringá (HUM/UEMP), tem seis trabalhos na exposição. O coordenador do serviço, reumatologista Paulo Roberto Donadio, está no Congresso e acompanha a exposição. Ele enalteceu a qualidade dos trabalhos apresentados.

LISTA DE ESPERA Um dos trabalhos apresentados pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) trata das listas de espera para consultas de reumatologia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo foi conduzido pelos médicos Paulo Roberto Donadio, Marco Rocha Loures (presidente da SPR), Felipe Grizzo, Cássia Franchini, Eliane de Souza, Priscilla Prajiante e Juliana Forestiero. Segundo eles, o encaminhamento de pessoas que não necessitam ou que têm problemas menos complicados e que poderiam perfeitamente ser conduzidas por um clínico ou médico de família da rede básica de atendimento, é que tem sobrecarregado as filas de espera por especialistas.

O coordenador do estudo, Dr. Paulo Roberto Donadio, explica que para comprovar, os médicos e residentes da UEM foram à luta. “Durante 8 semanas foram treinados 10 clínicos da rede básica de saúde do município, capacitando eles no diagnóstico e acompanhamento de pessoas com as doenças reumáticas mais comuns como artrites e fibromialgia, interpretação dos principais exames complementares e uso racional de antiinflamatórios. Os resultados obtidos com esse trabalho é que estão sendo apresentados em Florianópolis”,  conta Donadio.

Os números obtidos pela equipe da UEM são muito interessantes. Os médicos dos postos de saúde de Maringá, depois de treinados, conseguiram reduzir em 21,15% a fila de espera das 10 unidades nas quais trabalham. Só no primeiro mês 142 pacientes foram reavaliados e 121 deixaram a espera por consulta especializada. “Isso nos mostrou que a estratégia de capacitação em serviço de clínicos para atendimento e condução dos casos mais simples do dia a dia da reumatologia é mais efetiva do que a realização de mutirões todas as vezes que as filas pressionam o gestor de saúde”, conclui o coordenador do estudo.

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